A evolução dos métodos de produção

A evolução dos métodos de produção

Vários avanços cruciais nos métodos de produção ocorreram entre 1980 e 1982, um período de altos custos energéticos. Esta ‘crise energética’ incentivou os empreendedores a procurar formas criativas e eficientes de capturar energia. “Por volta dessa época, o chamado condensador de gases de combustão foi introduzido nas estufas. O objetivo de um condensador de gases de combustão é arrefecer a temperatura dos gases de combustão para abaixo do ponto de orvalho do vapor de água presente nos gases de combustão. O CO2 produzido por estas caldeiras apoiou grandes aumentos na produção, mesmo com um nível mínimo de ventilação,” explica Marcel.

Outra transição importante foi a introdução do cultivo em substrato. Isto aumentou os números de produção em aproximadamente 15-20%. Simultaneamente, foi necessário menos input de energia, uma vez que já não era necessário aquecer o solo. “Subsequentemente, no início dos anos noventa, o controlo biológico de pragas foi introduzido,” afirma Marcel. “Felizmente, os inseticidas químicos pesados, de amplo espectro e difíceis de degradar foram banidos há mais de 30 anos.” Segundo Marcel, uma das inovações mais recentes que ocorreram foi a lenta transição da produção tradicional para a produção em alta densidade ao longo dos últimos 20 anos.

Olhando para o futuro, que tipos de desenvolvimentos podemos esperar a nível de produção? “Acredito que a busca por fontes de energia sustentáveis se tornará cada vez mais importante no futuro. Por exemplo, espero ver um aumento no uso de iluminação LED,” diz Marcel. “Além disso, é provável que haja um aumento no uso de energia geotérmica ou de um permutador de calor, que armazena calor no verão para usar no inverno.” De facto, ele acredita que os produtores continuarão a procurar formas de intensificar a produção usando menos energia, por isso podemos concluir que a eficiência energética continuará a ser um tópico importante no futuro.

Os riscos crescentes na produção apresentam outro desafio para os produtores. “Considere a menor drenagem de humidade, por exemplo. Isto resulta numa planta menos ativa e, portanto, cria um maior risco de fungos,” comenta Marcel. A tendência de permitir menos uso de fungicidas e inseticidas está a aumentar a pressão sobre empresas como a Rijk Zwaan para desenvolver novas variedades com resistências. “São muito necessárias resistências contra Pythium, Mycosphaerella, Botrytis e outras doenças. Na Rijk Zwaan, precisamos de procurar formas novas e criativas de melhorar a resiliência das plantas de forma natural, como fizemos com a nossa característica Blue Leaf,” acrescenta. Além do Blue Leaf, as variedades podem ser desenvolvidas com base em tipos de plantas que são menos atraentes para insetos ou que têm resiliência contra fungos.

“As alterações climáticas também terão um grande impacto no desenvolvimento de novas variedades. Elas precisarão cada vez mais de ser capazes de suportar calor, seca e condições salinas,” conclui Marcel. A Rijk Zwaan está dedicada a construir soluções para o futuro e enfrentará estes desafios juntamente com os produtores e parceiros da cadeia.

No próximo artigo, exploraremos as transições na gestão de categorias juntamente com Heleen van Rijn – Wassenaar, Especialista em Marketing.